Esta é uma poética do absurdo. Somente. Do absurdo que eu sou e que tu és: eu e tu, somos diversos e no entanto unos, porque é no absurdo do inesperado que nos unimos. Já nem interessa a ideologia política, a formação, os estudos, a família, os amigos, as viagens que porventura terás feito ou virás a fazer; o absurdo toma sempre lugar: seja o da morte, da doença, da infelicidade, da injustiça, do desconhecimento de mim, seja o esquecimento ou a dúvida. E por isso respiramos, para sabermos que o absurdo continua.